Blog: Dia do escritor

Dia do escritor e aqui estou, sem saber o que escrever para comemorar esse dia.

A única coisa que me vem a mente é um dia em que eu fui abordada por um desconhecido no trem. O motivo?

O livro que eu estava lendo! Isso mesmo, meus amores.

Estava eu encostada na porta do trem e, enquanto ele chacoalhava, eu devorava as páginas, as palavras.

Era um sábado, ou um feriado, não lembro direito, mas a proletária aqui precisava garantir o pão de cada dia.

Era um livro emprestado e que eu estava amando ler.

E então o homem pediu licença. Ele estava atrapalhando a minha leitura, afinal. E começou me dizendo que estava muito feliz e isso eu pude ver estampado no rosto dele, por me ver devorando um livro que ele tanto amou ler e que nunca tinha visto alguém também lendo aquela história.

Depois de falar um pouco do livro ele me deixou continuar a leitura e quando desceu do trem me parabenizou mais uma vez.

Hoje, eu penso nessa cena, na comunhão que houve naquela manhã em que eu poderia estar dormindo e o quanto aquele livro nos conectou, por poucos minutos, mas ali nós mergulhamos naquele mundo, fomos levados no tempo, para a época de Jesus, através das palavras de um autor que nunca saberá disso nem onde a história dele chegou, tampouco quem somos.

Acho que é isso! O escritor provoca, o escritor toca e eu só posso agradecer por fazer parte disso. Algo que a Margarete daquela época sequer imaginou para ela.

Agora você deve estar se perguntando qual livro era, pois bem, Operação cavalo de Tróia, é uma série de livros em que é possível viajar no tempo e o cientista vai para a época de Jesus e acompanha os passos dele. Eu li apenas o primeiro livro, fui ler a continuação, acabei me desconectando e decidi parar, pois o primeiro havia sido tão bom pra mim, que preferi parar de ler e manter aquela sensação maravilhosa que foi.